quinta-feira, 7 de março de 2013

ATIVIDADE COM PALITOS


Essa atividade pode parecer simples , no entanto atravé dela podemos trabalhar diversos aspectos:

1-Concentração: Ao colar os feijões no palito é necessário atenção e foco para realizar a atividade;
2-Noção de quantidade: No momento em que a criança seleciona os feijões de acordo com o número indicado;
3-Distração : Os trabalhos manuais despertam o bem-estar, trabalhar com cola, grãos, sementes agrada muito as crianças,desperta o prazer;
4-Coordenação motora: Durante a colagem é possível desenvolver a coordenação motora, se prefeiri pode pedir que as crianças utilizem uma pinça para pegar o feijão e colar no palito;
5-Operações matemáticas: somar , subtrair,dividir.

Por Jamile Mascarenhas

Fonte da imagem:Baú da mamãe-http://www.facebook.com/home.php#!/baudamamae

terça-feira, 5 de março de 2013

PCN sobre Educação Especial,uma releitura.



Com base no texto extraído dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN propostos pelo MEC, sobre a Educação Especial, foi possível observar que esta modalidade de ensino vem recebendo uma nova reformulação em seus conceitos e princípios,anteriormente definida como um atendimento especializado para crianças com necessidades especiais , atualmente engloba um conceito muito mais amplo, voltado para a formação do cidadão respeitando suas particularidades e vivências assim como ressaltando suas habilidades.

Desse modo, é importante salientar que embora os alunos apresentem necessidades distintas e que devem ser respeitadas, o objetivo primordial da Educação Inclusiva deverá ser a promoção do desenvolvimento da aprendizagem de todos os educandos envolvidos no processo educativo.No entanto, o PCN enfatiza a necessidade de possibilitar a todos os indivíduos além da capacidade intelectual, cognitiva, o desenvolvimento da autonomia, numa educação baseada no respeito á diversidade, utilizando-se das diferenças apresentadas como um ponto de partida para a formação de novos conceitos.

O PCN ressalta que essas necessidades educacionais se apresentam de forma ampla e diversificada sendo necessário que se priorize o atendimento especializado para quem necessitar, levando em consideração essa diversidade apresentada pelo educando, que pode ser apresentada em crianças com condições físicas, intelectuais, emocionais, sócias- econômicas diferenciadas, em casos de superdotação, crianças que trabalham, ou vivem em condições precárias, em área de risco ou pertencem a populações nômades, ou de uma minoria linguística, étnica ou cultural.

Assim, configura-se como aluno portador de necessidades especiais, todos aqueles que apresentam necessidades peculiares dos demais, havendo a necessidade nestes casos de implementação de recursos pedagógicos e metodologia especifica, sem comprometer a aprendizagem dos alunos que não possuem nenhuma necessidade, mas que estão inseridos nesse processo educativo.

O termo Necessidades Especiais é comumente utilizado para nomear indivíduos que apresentam dificuldades de aprendizagem, ou superdotação, além daqueles que possuem algum tipo de deficiência. No entanto, o que deve ser enfatizado segundo os PCN é a atenção que deve ser dedicada a esse indivíduo, e como a escola deve trabalhar para que a aprendizagem ocorra de forma significativa ,livre de preconceitos e exclusão.Apesar do termo Necessidades especiais admitir uma diversidade enorme de condições,a atual Política Nacional de Educação Especial indica que sejam definidas prioridades quanto ao atendimento especializado,definindo como atendimento prioritário,especialmente na rede regular de ensino, os alunos portadores de deficiência mental,visual,auditiva,física, múltipla,portadores de problemas de conduta e superdotação .A Secretaria de Educação Especial do Mec apresenta algumas características para cada deficiência ou da superdotação,bem como adaptações individualizadas de currículo e sugestões de recursos específicos ,bem como sugere que o professor realize adaptações metodológicas e didáticas coma finalidade de inserir o aluno nos conteúdos ministrados a todos e que ele se sinta parte integrante da classe.

O MEC propõe ainda que a proposta pedagógica seja fundamentada baseada nos quatro pilares da educação, enfatizando a pedagogia das competências, na qual o indivíduo aprende através da troca de saberes e experiências. No entanto, apesar das propostas sugeridas indicarem uma educação inclusiva, o que se observa na prática é que as crianças com necessidades especiais,especificamente aquelas que possuem algum tipo de deficiência estão engajadas em sua maioria em escolas especializadas ou ainda longe de um espaço educativo,sem qualquer acesso á educação formal, seja por falta de interesse das escolas em possibilitar o acesso dessas crianças, ou até mesmo por desinformação dos pais dos direitos que essas crianças tem garantido na lei ou ainda pelo preconceito e vergonha dos familiares em apresentar seus filhos á sociedade.

Outro fator que merece atenção é a formação do professor, que muitas vezes desconhece as características de cada deficiência ou superdotação ou ainda das dificuldades de aprendizagens e dessa forma sente-se inseguro para trabalhar com essas crianças. Assim, acredito que todos os profissionais que trabalham no âmbito escolar, principalmente da rede regular de ensino público deverá receber uma formação específica de como receber esse indivíduo, proporcionando a ele um espaço educativo que possibilite a construção da autonomia, valores, e o preparo para o mercado de trabalho bem como, para conviver e desfrutar de todos os espaços culturais, educacionais, de lazer, que qualquer cidadão tem direito.

Por tudo isso, é que se enfatiza a necessidade de se reformular algumas diretrizes em relação à educação especial, visto que a educação inclusiva encontra-se em processo atuante na maioria das escolas regulares de ensino, apenas na lei, nos parâmetros, e na teoria. É preciso que esses estudantes que possuem necessidades especiais educativas sejam vistos como pessoas capazes, que possuem habilidades a ser desenvolvidos, sentimentos a ser externados e experiências para ser trocadas.Quando for direcionada a atenção e comprometimento a educação especial, poderemos pensar em uma Educação realmente inclusiva.



 

 
Por Jamile Mascarenhas
A importância da Bioética na Educação Inclusiva



As discussões no Brasil em torno da temática Bioética encontram-se ainda em fase inicial. "Bioética é o estudo sistemático das dimensões morais incluindo visão moral, decisões, conduta e políticas - das ciências da vida e atenção à saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas em um cenário interdisciplinar". (Reich WT. MacMillan, 1995).

É possível observar que as pessoas com necessidades especiais enfrentam muitas dificuldades e desigualdades para acessar aos recursos, o que torna a qualidade de vida comprometida. Sendo assim, é crucial a aplicação da ética, como um meio de garantia dos direitos básicos que proporcionam uma vida digna a esses indivíduos.

.A temática em questão tem seus interesses voltados a proteção de um grupo de indivíduos que se encontram excluídos da sociedade, visto que os mesmos direitos garantidos a Pessoa com Necessidades Especiais pelas leis em vigor, são reforçados pela Declaração Universal de Bioética e Direitos Humanos quando reconhece que "a identidade de um indivíduo inclui dimensões biológicas, psicológicas, sociais, culturais e espirituais".

Tais questões são reforçadas no artigo 10, quando afirma que "A igualdade fundamental entre todos os seres humanos em termos de dignidade e de direitos deve ser respeitada de modo que todos sejam tratados de forma justa e equitativa.".

Baseando-se nas afirmações acima citadas, ressalta-se a importância da Bioética como uma forma de garantir medidas mais eficientes que garantam a esses indivíduos a inclusão na educação, cultura, lazer e saúde, já que essas propostas encontram-se garantidas e fundamentadas apenas no papel e nos discursos, visto que o objetivo primordial da Educação Inclusiva baseia-se no direito que todos os alunos possuem de aprender, conviver, e participar das ações realizadas em uma sala de aula, independentes de possuírem deficiências ou não. Assim, os valores morais encontram-se esquecidos, anulados, por questões estruturais, metodológicas, e de qualificação profissional deficiente, justificando desse modo a não aplicação da inclusão nas escolas.

É importante ressaltar que a inserção das questões bioéticas no âmbito escolar, está intimamente relacionada a comportamento e iniciativas das pessoas envolvidas, e não apenas por estatutos, declarações, e ações promovidas pelo Estado, que divulgam documentos e por muitas vezes não garantem a sua aplicabilidade.

Outra questão que merece discussão é o fato de que muitos desses documentos não constam valores morais que possibilitem uma melhor relação entre a bioética e a educação inclusiva.

Urge-se por uma política educacional pública de qualidade que possibilite a igualdade dos indivíduos, baseado em princípios éticos, uma educação baseada e preocupada em desenvolver a autonomia e a preservação da dignidade do indivíduo.



 

 

 
Por Jamile Mascarenhas